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Transtorno Borderline

O Transtorno Borderline é um Transtorno de Personalidade caracterizado por padrões instáveis de emoções, comportamentos e relacionamentos. Pessoas com esse transtorno tendem a ter dificuldade em regular suas emoções, o que pode levar a mudanças rápidas e intensas de humor, comportamentos impulsivos e reações emocionais intensas e desproporcionais.


Além disso, indivíduos com transtorno borderline muitas vezes apresentam uma visão distorcida de si mesmos e dos outros, com uma tendência a alternar entre idealização e desvalorização. Eles podem ter uma autoimagem instável e uma sensação de vazio existencial. Também são comuns comportamentos impulsivos, como gastos excessivos, abuso de substâncias, comportamento sexual de risco e autolesão.


Os relacionamentos interpessoais também podem ser problemáticos, pois as pessoas com transtorno borderline podem ter medo de abandono e serem propensas a brigas intensas e conflitos. Esses sintomas geralmente começam na adolescência ou início da idade adulta e podem causar sofrimento significativo e prejudicar o funcionamento social e ocupacional.


Os sintomas do Transtorno de Personalidade Borderline podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  1. Instabilidade emocional: Flutuações frequentes e intensas de humor, como irritabilidade, raiva, tristeza ou ansiedade. Essas emoções podem ser desencadeadas por eventos aparentemente insignificantes e podem durar horas ou dias.

  2. Padrões de relacionamento instáveis: Dificuldade em manter relacionamentos estáveis. Pessoas com este transtorno podem alternar entre idealizar e desvalorizar as pessoas ao seu redor. Podem ter medo intenso de abandono e reagir de forma intensa a situações percebidas como abandono ou rejeição.

  3. Comportamento impulsivo: Envolver-se em comportamentos de risco, como abuso de substâncias, compulsão alimentar, gastar dinheiro de forma imprudente, comportamento sexual promíscuo, comportamento automutilante ou tentativas de suicídio.

  4. Instabilidade na autoimagem: Sentimentos de vazio expresso, falta de identidade e dificuldade de entender quem são. As pessoas com transtorno borderline podem ter uma sensação de falta de propósito na vida.

  5. Sintomas dissociativos: Episódios de desconexão da realidade, nos quais as pessoas podem sentir-se fora de si mesmos ou como se observando a si mesmos de fora.

  6. Raiva intensa e dificuldade em controlar a raiva: Explosões de raiva desproporcionais em resposta a eventos cotidianos. A raiva pode ser seguida por comportamentos destrutivos, como quebra de objetos ou agressão física.

  7. Medo intenso do abandono: Preocupação excessiva de que as pessoas próximas irão abandoná-las, o que pode levar a comportamentos de apego excessivo ou ações drásticas para evitar o abandono.

É importante lembrar que esses sintomas podem variar em intensidade e gravidade entre pessoas com Transtorno Borderline.





A causa exata do Transtorno de Personalidade Borderline não é conhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. Esses fatores incluem:

  1. Predisposição genética: Estudos mostraram que pessoas com parentes de primeiro grau com transtorno borderline têm uma probabilidade maior de desenvolver a condição. Isso sugere que a genética pode desempenhar um papel na predisposição para o transtorno.

  2. Disfunção cerebral e desequilíbrio químico: Alguns estudos de neuroimagem sugerem que pessoas com Transtorno Borderline podem ter diferenças na estrutura e na função cerebral. Além disso, desequilíbrios nos neurotransmissores, como a serotonina, podem estar associados ao transtorno.

  3. Trauma e abuso na infância: Experiências traumáticas na infância, como abuso físico, sexual ou emocional, negligência ou separação precoce dos pais, têm sido associadas ao desenvolvimento do Transtorno Borderline. Esses eventos podem afetar negativamente o desenvolvimento emocional e a capacidade de regulação emocional da criança.

  4. Fatores ambientais e estressores: Eventos estressantes na vida adulta, como perda de entes queridos, abuso, relacionamentos instáveis ou situações de alto estresse, podem desencadear ou piorar os sintomas do Transtorno Borderline.

  5. Fatores psicossociais: Problemas familiares, instabilidade no ambiente familiar, falta de apoio social adequado e modelos parentais negativos podem contribuir para o desenvolvimento do Transtorno.


O tratamento do transtorno borderline geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que combina terapia psicológica, acompanhamento médico, medicamentos, habilidades de regulação emocional e suporte social. A terapia cognitivo comportamental (TCC) é uma das abordagens mais utilizadas para ajudar as pessoas a gerenciar os sintomas e melhorar o funcionamento geral.


É importante ressaltar que o transtorno borderline é uma condição séria que requer atenção e tratamento adequados. Se você ou alguém que você conhece está lidando com esses sintomas, é recomendado buscar ajuda de um profissional de saúde mental para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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